terça-feira, 1 de outubro de 2013

Apenas um mar de foguinhos

O Mundo
Um homem de Neguá, na costa da Colômbia pôde subir ao mais alto do céu. Na volta contou que havia contemplado la de cima a vida humana. E disse que somos uma mar de foguinhos.
- O mundo é isso - revelou - um monte de gente, um mar de foguinhos.
Não há fogos iguais. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Existem fogos grandes e fogos pequenos e fogos de todas as cores. Existem pessoas de fogo sereno, que nem sentem o vento e há gente de fogo louco, que enche o ar de faíscas. Alguns fogos, fogos bobos, não iluminam nem queimam, mas outros, outros, ardem a vida com tanta vontade que não se pode olha-los sem piscar e quem se aproxima, se incendeia.
De O livro dos Abraços, Eduardo Galeano
Galeano sempre genial. Nessa definição, fica bem claro, pelo menos pra mim, a maneira que somos e que são tantas pessoas que nos rodeiam, que passam, que ficam pela vida da gente. Em cada característica desses fogos posso perceber também momentos de vida. E será que é possível escolher que tipo de fogo ser?
Sem mais.

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