sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O que é de sentir.

De tudo que muda nessa vida de tempos modernos, nada conseguiu substituir o que a gente diz olhando nos olhos ou cala pra deixar o olhar falar. Refletia sobre isso outro dia, sobre o poder das palavras, a dimensão que tem pra quem fala, pra quem ouve, pra quem escreve e pra quem lê. Sou apaixonada por elas!! Pelas formas que se pode dar a um emaranhado de letrinhas; pelos bordões que se cria juntando duas ou três e que vão sair se espalhando por aí; pelo casamento perfeito com melodias; por conseguirem ligar o gatilho da imaginação...Mas mesmo assim, um universo que parece ser tão vasto, que pode ser explorado de diversas formas, não é capaz de mensurar nem sentimentos, nem intenções.
Não é à toa que temos aulas de interpretação de texto na escola...hehehe...em vão, é claro. Os gabaritos não passam de meras suposições, na maioria das vezes. Ninguém entrevistou nossos autores mais famosos e pediu à eles pontos fechados, respostas que talvez nem eles tenham feito a respeito de seus escritos. A palavra é livre! Toma a forma que quer. A conotação que se queira (e seja conveniente) dar. Mas os sentimentos que colocamos quando as proferimos, ali, no cara a cara, dificilmente deixam dúvidas.
Acho até que quando tudo cala é que se diz mais coisa. É num abraço, que qualquer sílaba pode estragar. É num olhar, espelho da alma. É num beijo, que não deixa espaço pra nada que seja de saber, só de sentir. E sentir é bom demais!!!
Em tempos de viber, facebook, whatsapp e outros tantos avanços tecnológicos, que mantém a gente o tempo todo conectado, tem ficado cada vez mais difícil interpretar certo uma centena de carinhas, abreviações e, cada vez mais raro conseguir tomar um chopp com os amigos sem a interferência dessa tranqueira toda. Discute-se a vida, a relação, resolve-se o trabalho, tudo através desses intermediários dos tempos modernos, em detrimento do que vale realmente a pena, que dá sentido a essa vida maluca e corrida, que são as relações interpessoais presenciais...rs.
Viver é um esporte (?) de contato. E, definitivamente, precisamos desse intercâmbio pra evoluir, todo dia. Dos abraços dos amigos, do cheiro de quem se ama, do calor de quem ama a gente, do olhar lançado com ternura. Gente precisa de gente!! Sem intermediários, sem burocracia. Livres como as palavras!

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