"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida." (Vinícius de Moraes)
As coincidências da vida são provas irrefutáveis de que o acaso nada mais é do que a maneira que ela encontra de dar dicas, fragmentos e peças coringa pra você encaixar (mais cedo ou mais tarde) no seu quebra-cabeça. O planejamento hoje era escrever sobre um livro que ando relendo a cada instante que uma nova questão me bate, porém, como num desses momentos de surpresa outro assunto surgiu e com força tomou de assalto meus pensamentos: As co- incidências!
A cada evento inesperado, que faz sentido no todo, acredito mais na sincronicidade do universo. Quem nunca se perguntou porque algo não poderia ter acontecido antes e depois de uma breve reflexão concluiu que caso acontecesse não teria maturidade para lidar ou as ferramentas necessárias pra usufruir? Quem nunca ouviu "por acaso" a palavra certa, de pessoa inusitada, numa circunstância não imaginável? Quem nunca conheceu a pessoa certa na hora errada? Quem nunca escolheu a hora errada pra atitude certa? Quem nunca? Quem nunca um infinito de situações...
Os ditos desencontros são o que a gente não tem ferramentas para entender ainda, seja por falta de experiência ou por estar com os olhos cheios de entraves de tristeza, de desespero, de insanidade...E viver tem desses momentos, em que nada parece lógico, tudo é só contradição e contrasenso, pelo menos temporariamente.
Os encontros feitos vida afora, de qualquer ordem que sejam - amorosos, de amizade, de trabalho, bons ou ruins - tem contribuição na construção da sua história, da pessoa que se torna ao longo da vida. A maturidade chega e você agradece todos eles, mesmo os não fortuitos e para de tentar forçar as peças para que se enquadrem, encaixem.
Lamente(não muito!), apenas os atropelos, que são a forma que encontramos de desrespeitar o ciclo natural da vida. A única coisa que faz tudo valer a pena, ainda que de cara não faça sentido, é a oportunidade de estar vivo, de aproveitar as ditas incoerências, de surpreender, de ser surpreendido e descobrir que a razão de ser das pessoas e das coisas é apenas uma questão de sabedoria para interpretar.
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