domingo, 22 de setembro de 2013

Liberdade, liberdade...

Porque temos medo de sermos livres. É isso mesmo. E você pode questionar à vontade. A vida em liberdade cria um mundo de infinitas possibilidades e, nem sempre estamos preparados para assumir as responsabilidades desse ambiente sem portas claramente definidas e no qual o desconhecido, fruto das escolhas do caminho, está por nossa conta e risco.
Enquanto crianças a vida é limitada. A cada passo, a cada decisão, temos os pais nos apresentando antes, as consequências de tudo e, sinalizando o tempo todo até onde podemos ir. Dificilmente o efeito é diferente do que eles preveem, acho que desse grande número de acertos é que veio a frase mais usada, se não pelos pais, pelas mães, com certeza: Eu te avisei!
A sequência é a adolescência, época de querer quebrar os tabus, ultrapassar os limites da sociedade e confundir totalmente o que significa ser livre com o comportamento inconsequente. Não há maturidade suficiente para ter liberdade quando o corpo é uma ebulição de hormônios, de transformações, de cobranças sobre suas tendências, sobre a escolha profissional...É um período para acúmulo e processamento de elementos para formação da personalidade de alguém que pode escolher conhecer-se e também aos outros, respeitar-se e também aos outros ou procurar qualquer velho molde para não ter que passar uma vida tentando prever os passos e calcular se valem a pena ou não. Viu o porquê de parecer tão pesado ser livre? E, de verdade não é. Dá leveza ao script, espaço para criação.
A liberdade é direto dado por Deus (caso acredite Nele), chama-se livre arbítrio, é confiando na sua sabedoria, na sua capacidade de discernimento do que é bom, do que faz bem, do que convém ou não, e está bem longe de ser mensurado apenas pelas convenções e acordos feitos por essa sociedade só de carne e osso em que vivemos. Temendo a responsabilidade que temos quando exercemos plenamente esse direto é que, em muitos casos, colocamos grilhões imaginários na mente e bolas de ferro nos pés para limitar a caminhada. Para evitar arcar com o azar ou sorte fruto das escolhas, opta-se pela mesma profissão do pai, que já vai abrir portas, trazer cartela de clientes; segue-se o mesmo roteiro de viagens feitas por outros, hotel a hotel, restaurante a restaurante; almoça-se no mesmo lugar, compra-se na mesma loja, com o mesmo vendedor e vive-se uma vida de planos sem susto.
O gosto da liberdade é o prazer de estar de peito aberto, pronto para assinar embaixo de textos, contratos...De se assumir alguém que pode mudar, repensar teorias, questionar os grandes pensadores e escrever à lápis alguns pontos para adaptar-se a esse turbilhão chamado vida; é saber que a alma é livre; e que limites não são pra te aprisionar, mas para nortear seus passos.

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