segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mas ainda não é Carnaval??

"Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar.."



Oficialmente a festa da carne ainda não começou, mas pelas ruas do Rio de Janeiro já se podem ver blocos, enfeites e a alegria que o carioca tem de viver esse período do ano. Eu mesma, que não nasci na Cidade Maravilhosa e que até pouco tempo nem fazia ideia de como era esse tipo de festa profana...rs...tô empolgadíssima pensando em fantasias, fazendo roteiros, doida pra aproveitar a liberdade de ser o que se é ou o que nunca se pensou em ser.
Pra falar a verdade, na minha concepção no Carnaval todo mundo tira de dentro de si o que deixa preso graças às convenções da sociedade, às exigências do mundo. Nesse período em que é permitido ser livre, ser fanfarrão ou ser careta, super herói ou vilão, virgenzinha ou prostituta é que se diz quem se é, é que a gente pode ser feliz, talvez extremadamente, sem medo das repreensões.
Engraçado que a primeira impressão que tive quando vi a festa na rua foi muito estranha. Era como se o Pinel tivesse aberto as portas e deixado todos os maluquinhos soltos pelas ruas da Lapa, andando sem rumo, interagindo com pessoas, objetos e certamente sem seus remédios para controle da euforia. Agora já tenho uma opinião formada. Podem até ser maluquinhos, mas não saídos de um sanatório; interagindo com tudo e com todos, o que não é errado- talvez devêssemos viver mais as pessoas em volta- e alguns estão sob efeito de "remédios" para estimular a euforia. O que não os descredencia, não os torna menos valiosos do que os participantes de retiros, do que os religiosos...apenas os tira, talvez, de uma lista gigante de hipócritas que adorariam estar "travestidos" do que realmente são, ou da lista dos que bloqueiam seus ímpetos para se encaixarem no hall dos sérios, centrados e "normais".
O Carnaval é mágico! Tem cor, um frescor vindo dos desenhos de criança, cheio de surrealismos, de coisas pouco palpáveis. Tem amores intensos, cheios de planos efêmeros. Tem a emoção das escolas de samba que se superam a cada ano, com dinheiro ou sem dinheiro, pra atravessar a Sapucaí e encher os olhos do país inteiro de brilho. Tem as ruas sem carros, pertencendo a seus verdadeiros donos. Tem os blocos, que são um movimento democrático, onde sempre cabe mais um, onde a diversão é gratuita e irrestrita. Tem, infelizmente, a sujeira, o desrespeito...pra tudo se acabar na quarta-feira.
Como o meu forte é a ansiedade, tô louca pra colocar meu bloco na rua! Aproveitar a liberdade, não para me modificar, porque sou do mesmo jeito os 365 dias do ano, mas para desfrutar a leveza de dias felizes, nos quais o que importa é o prazer de estar bem.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A gira do Mundo pode inspirar que o mundo da gente gire também.


Vivendo num planeta redondo era pra subentender que ele gira, que não tem cantos pra se esconder, que tudo tá o tempo todo tomando novas posições e que essas posições são relativas...SEMPRE!!
Difícil é lidar com essa coisa de vida girando, de ideias sendo transformadas, conceitos revistos, até porque, nos cobram sempre constância, definições definitivas (liberdade para redundância). E para ser imutável, constante, seria preciso jamais aprender nada, nem apreender as inúmeras possibilidades que a vida nos oferece, nos dá de bandeja diariamente a cada nascer e pôr do sol. Seria preciso não pensar, não questionar, ser sempre Amor ou sempre Ódio, fogo ou água, ser sempre feliz ou triste...não estamos aqui pra isso.
Estamos aqui para ver o mundo rodar e rodar junto com ele, não no esquema "deixa a vida me levar", mas no esquema "sou eu quem leva a vida", quem dou rumos, sou eu que a tenho em minhas mãos. E ter vida nas mãos significa saber que não importa o quanto tudo gire, vamos ter a capacidade de colocar o nosso mundo no eixo que quisermos, virado pro sol ou pra lua. Ser estável não implica em ter todas as respostas e ser inconstante não pode ser sinônimo de ser insatisfeito. Há de existir coerência no pensar e no agir, mas até isso tenho questionado...será que a pressão para que as atitudes estejam todas de acordo, que pareçam do mesmo conjunto deixa a gente ser feliz?
A estabilidade pode ser entendida como uma fuga, como covardia. Não tô querendo incentivar ninguém a gostar de rock num dia e de samba no outro, mas a não viver a vida como um roteiro definitivo. Escrevo para que eu mesma possa ler, reler, e, o mais importante, entender!! Entender que estabilidade não é marasmo, que se permitir agregar, desfazer, não torna ninguém um maluco que não sabe o que quer. Muito pelo contrário, faz com que sejamos capazes de utilizar o filtro do questionamento com mais requinte e dessa forma sim, transformar as atitudes em coerentes, partidas de um mesmo ser, de alguém que tá buscando ser feliz, não importa quantas vezes reveja o script.
Tô revendo meu roteiro, trocando a minha casca. Não sem a cota necessária de sofrimento, de medo...mas estou decidida a me permitir!! Afinal o planeta que é algo muito mais grandioso e relevante pra muito mais gente, sofre transformações o tempo todo e tá sempre se adaptando às novas condições. Inspirada nisso quero muito que meu mundo seja meu, quero muito me adaptar ao meu novo mundo. É melhor seguir mudando e vivendo do que morrendo de forma constante, dia após dia por temer as incoerências da VIDA.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Se for reparar direito tem alguma diferença...e como é bom!!!

Ô mundinho cheio de pano pra manga! Principalmente esse mundinho feminino, ao qual chega a ser um absurdo acrescentar um sufixo diminutivo porque mais vasto impossível!!
Essa semana tive muitos motivos que me levaram a querer escrever sobre ele (tenho mania de dar explicações!). Encontros com amigas, conversas escutadas pelos metrôs da vida, flash de comédia romântica na madrugada, texto do blog de um visitante, sem falar do meu próprio cotidiano...
Inspiração vinda de todas as instâncias e focada para um mesma temática do universo teoricamente mais sigiloso, indecifrável e misterioso: o das fêmeas - utilizo esse termo porque de todas as espécies, humanas ou não, elas parecem sempre ter segredos que os seres do sexo oposto nem desconfiam e características que não compreendem.
É muito batido dizer, mas em vários assuntos homens e mulheres são praticamente água e vinho (e em outros complementares, se é que você me entende), habitantes de planetas distintos, falando línguas que não tem uma palavra sequer com a mesma raiz.
Essas conclusões não são só minhas, mas frutos de pesquisas intensas com grande número de amigas e, também a partir de laboratório, como esses que os atores fazem para construir um personagem, que nem Monange : "você tem que sentir na pele essa emoção".
Li num blog considerações sobre a forma de pensar das mulheres, tudo muito relacionado a como se comportam na cama e o perfil traçado era, resumindo, que somos muito sonhadoras, extremistas e presas a detalhes como vocabulário, principalmente na hora "H". Ora (sem H), não nos prendemos a detalhes, o fato é que eles não existem. Eles são peças, como todas as outras tão necessárias para que se monte esse quebra-cabeça gigante que é um relacionamento ou um envolvimento extritamente " Sexo e Amizade".
Não é querendo complicar.Não é o nosso objetivo. Mas é claro que os homens se enganam e muito, quando acham que são seres racionais, às vezes até superiores por isso. Eles tem uma teoria, que de vez em quando se aplica à prática, de que as mulheres não sabem separar as coisas, de que são emoção demais, intensas demais...Pobres Seres de limitada compreensão (Uahahah- riso de bruxa)!
Nos entregamos sim, vivemos intensamente cada momento e no fundo sempre sabemos, graças àquele sexto sentido, quem deve ser merecedor do prêmio. O problema de erro de interpretação não está no gênero, está no suicida que existe em cada um de nós, na mania que a gente tem de apostar no azarão e querer provar pro mundo, por A mais B, que ele é capaz de chegar em primeiro lugar. Às vezes é, mas isso é a exceção, não a regra. Independente do órgão genital que se possua, o cérebro é movido a desafios para que desenvolva capacidades e faça uso dos neurônios. Dá pra concluir assim que só complicamos ou buscamos o complicado para aprendermos a solucioná-lo o que pode, indiretamente, mostrar a maior diferença entre homens e mulheres. Eles querem as respostas já encontradas e Elas querem sempre as perguntas cujas respostas estão perdidas.
Sim, os universos masculino e feminino são distintos!!É bom tentar decifrar códigos, discutir pontos de vista, achar a peça certa pro seu encaixe, quebrar a cabeça pra entender outra...o mundo de diversidade faz com que tenhamos um mundo diverso e ter variedade é bom demais!! Agora se você não sabe escolher ou tem as peças fabricadas em material não moldável e inflexível, o papo vai ser beeeem mais longo.

Pages