domingo, 9 de maio de 2010
Como é grande o meu amor por você!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Valei- me, Francisco de Assis!!
Sempre fui fã de Francisco de Assis, espírito iluminado, abnegado, bondoso, meio maluquinho (não dá pra deixar de achar meio doidinha a história de falar com pássaros), adepto do "melhor amar que ser amado..." e símbolo indiscutível de humildade.Ele e Clara (Sta. Clara de Assis) são exemplos do viver para o próximo e do desapego material.O engraçado é que ao admirar tais personalidades, me vejo tão, tão distante delas...Como lembro do meu orgulho ao me deparar com a necessidade da modéstia! Pra mim, admitir minhas fraquezas é muito mais fácil do que negar minhas capacidades. Duro é saber que posso, mas ter que fazer apenas o trivial pra não melindrar ninguém, pra não ser que o todo mundo chama de soberba. A vontade que dá é de gritar: Não!!Não!!! Se eu posso, por que não?É, nesses momentos vejo que nem meu desapego material (porque me considero alguém que não se importa com coisas) ,não é tão verdadeiro. Se uma roupa consegue me incomodar, consegue mexer com que sinto, significa que sim, me importo! Cadê a humildade que eu tanto admiro?? Vai ficar na vitrine pra eu olhar e o pior, não dá pra comprar!O poder sobe à cabeça do homem e a falta dele também. Nem sempre somos a cereja do bolo e mesmo isso é relativo,eu, por exemplo, não ligo a mínima pra ela. Ás vezes, a raspinha do recheio da panela é muito mais gostosa do que quando tá lá, junto com todo o resto, mas vai entender isso e colocar na vida real, vai entender que pra desfrutar o calor da lareira é preciso carregar muita lenha e vai aplicar a máxima do " pois é dando que se recebe...", pra Fabíolinha aqui não é fácil não.Tenho que admitir ter a pior espécie de orgulho, tenho orgulho de algo que é impossível retirar, que a traça não devora, que nem a terra há de comer, tenho orgulho do que sei. E, é o que sei que alimenta minha autoestima. Não o que visto, não onde moro, o que como, de onde sou, é o conhecimento que eu penso deter, são as capacidades que estão impressas na minha personalidade, no meu modo de agir e delas não tenho como me livrar! Mas como me atrasam moralmente!O pássaro precisa das duas asas do mesmo tamanho para que possa alçar vôo, talvez por isso Francisco de Assis o admirasse tanto. Nem só com que se entende por inteligência ou cultura, nem só com o coração limpo e puro, mas com os dois, de forma igualitária e harmônica é que vou poder voar mais alto, ou melhor, sair do chão!